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Brasil está 8% atrás do mundo quando o assunto é IA generativa

O crescente uso da IA generativa, conforme apontado pela pesquisa do SAS, reflete uma tendência irreversível no mercado global e, particularmente, no Brasil. O fato de 46% das empresas brasileiras estarem utilizando ou implementando IA generativa destaca um movimento claro rumo à automação e inovação, mas também expõe desafios significativos.

   Para as empresas, a adoção da IA gerativa representa uma oportunidade inegável de ganho em eficiência e inovação. A promessa de aumento da produtividade, redução de custos e melhor experiência para os funcionários é algo que os CEOs e tomadores de decisão desejam capitalizar, e muitos já estão observando benefícios tangíveis. Contudo, o sucesso dessas iniciativas depende diretamente da capacidade das empresas de superar desafios internos, principalmente relacionados à expertise técnica. Como atração de talentos qualificados, com conhecimento e experiência com essa tecnologia, e a transição do conceito para a prática.

  Do ponto de vista dos candidatos, entendo que essa realidade impõe uma necessidade de atualização de competências. A falta de profissionais capacitados em IA é um dos maiores obstáculos apontados, o que revela uma excelente oportunidade para candidatos que se especializarem nessa área. No entanto, essa lacuna pode criar uma pressão adicional sobre o mercado de trabalho, aumentando a concorrência por profissionais qualificados e demandando um esforço maior por parte dos RHs em atrair e reter esses profissionais.

   Como headhunter, concordo com o diagnóstico apontado pela pesquisa em relação a falta de conhecimento profundo da IA ser uma barreira. Em minha experiência e conversas com executivos de ti, tanto clientes quanto candidatos, enfrentam dificuldades em compreender as aplicações reais da IA generativa. Empresas, muitas vezes, são seduzidas pela tecnologia, mas encontram dificuldades em operacionalizar essas soluções de maneira que gerem valor de fato ao negócio. Por outro lado, candidatos têm demonstrado entusiasmo e engajamento com o assunto, mas muitas vezes carecem de formações e referências adequadas.

    Essa realidade também reflete a importância da governança de dados e segurança, preocupações que, como headhunter, tenho visto crescer exponencialmente em nossos processos de recrutamento para posições de tecnologia. Empresas estão cada vez mais buscando profissionais que não apenas saibam utilizar IA, mas que também compreendam os impactos éticos e de segurança envolvidos.

  Em suma, a IA generativa tem um potencial enorme para transformar o mercado, mas a chave para desbloquear esse potencial reside no desenvolvimento de habilidades especializadas e na organização das empresas para implementar essa tecnologia de maneira eficaz e ética nos seus processos ou até mesmo na solução final.

 

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