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O impacto da inteligência artificial no recrutamento: benefícios e desafios

Desde o surgimento da Inteligência Artificial (IA), o recrutamento de pessoas não foi mais o mesmo. O que antes era apenas postar um anúncio de emprego e filtrar candidatos de acordo com a adequação para o cargo, agora essa ferramenta se expande para outras ações. Desde identificar os melhores talentos a prever a probabilidade de sucesso de um funcionário dentro de uma função, a IA está cada vez mais presente na realidade de empresas do mundo inteiro.

No Brasil, isso não é diferente: Conforme um estudo de 2024 da ABRH Brasil, 54% das empresas já utilizam ou têm planos de incorporar a IA no Recrutamento e Seleção até este ano. De fato, a tecnologia deve ser utilizada ao nosso favor, não só para otimizar o tempo gasto do que seria um trabalho manual, mas para acompanhar o ritmo acelerado do mercado com as facilidades que ela proporciona. Porém, assim como em muitos aspectos da vida, as escolhas vêm a custo de algo. Vamos dar uma olhada nos benefícios e desafios?

BENEFÍCIOS

  • Eficiência e Agilidade: Ferramentas de sourcing e triagem baseadas em IA aceleram processos como triagem de currículos, correspondência de candidatos e agendamento de entrevistas. De acordo com o The Future of Recruiting 2024, do LinkedIn 👇

57% dos usuários relataram que a IA torna as escritas de descrições de cargos mais rápida e fácil;

45% notaram que a automação orientada por IA permite que eles dediquem mais tempo ao trabalho gratificante;

42% descobriram que a IA elimina tarefas diárias de rotina.

  • Melhor experiência do candidato: Por meio de ferramentas como chatbots, a IA aprimora a experiência do candidato de várias maneiras, fornecendo respostas rápidas a consultas, agendando entrevistas sem muita enrolação e oferecendo atualizações personalizadas sobre o status da inscrição. O contato mais “pessoal” e personalizado impacta a maneira como os candidatos interagem com a empresa e a enxergam.
  • Minimização de Viés: Processos de triagem com algoritmos baseados em critérios objetivos, como habilidades e experiências, podem reduzir preconceitos inconscientes durante a entrevista inicial, promovendo diversidade e inclusão nas contratações. Com o uso correto, o empregador avalia qualificações e mérito em vez de características pessoais.

 

Qualidade da contratação, banco de talentos qualificado, maior acesso a informações específicas do candidato… Muitos são os tópicos vantajosos que poderiam ser descritos aqui. Olhando os benefícios, você deve estar se perguntando: tá, mas qual plataforma de IA posso usar?

Um exemplo que podemos te dar é a Solu, parceira da Fox, que realiza o recrutamento de modo mais eficiente e assertivo na seleção de talentos com a Sol, a IA que entrevista os candidatos! Para falar do assunto com mais propriedade e mostrar os resultados da parceria com a Fox, nada melhor do que ver o que o Gabriel Appel, fundador da Solu, nos tem a dizer 👇:

“Na Solu, enxergamos a IA como um aliado estratégico para otimizar processos seletivos, nunca como substituto do julgamento humano. Nossa plataforma realiza entrevistas iniciais com todos os candidatos, reduzindo o tempo médio de contratação em até 40%. Isso permite que equipes de RH foquem em etapas estratégicas, como avaliação cultural e desenvolvimento de talentos, enquanto a IA trata da triagem técnica e logística. A IA não substitui recrutadores, mas os capacita a serem mais estratégicos e humanos. O mercado global de recrutamento via IA deve crescer 7,4% ao ano até 2037, e nosso papel é garantir que essa expansão priorize eficiência com ética.

A nossa parceria com a Fox tem um objetivo muito importante: validação das métricas de melhoria operacional para o recrutamento. Quanto mais entrevistas fizermos, mais entendermos como diferentes perfis de candidatos se comportam, melhor deixamos nossa tecnologia para operar. Junto a isso, os candidatos podem expor mais de suas experiências em uma conversa com a nossa IA, a Sol, saindo das barreiras do currículo e alavancando a própria candidatura, como em uma entrevista de fato. Para a Fox, isso significa maior porcentagem de encontrar a pessoa ideal, por exemplo.”

A Inteligência Artificial, no contexto atual, é indispensável nos processos seletivos das empresas em crescimento. No entanto, é importante destacarmos os desafios no desempenho dessas plataformas, para que possamos direcionar um olhar mais atento:

  • Risco de Viés Algorítmico: Mesmo com as promessas de imparcialidade, algoritmos podem perpetuar preconceitos existentes nos dados históricos usados para treiná-los. Isso pode levar a exclusão injusta de candidatos qualificados. Então, é preciso verificar e atualizar o aprendizado da IA com uma equipe diversa para garantir a supervisão e justiça do processo.
  • Falta de Transparência: Muitos sistemas operam como “caixas-pretas”, dificultando a compreensão dos candidatos sobre como funcionam os critérios de seleção e tomada de decisão. A falta de transparência pode levar à incerteza e frustração dos candidatos e das empresas. Logo, uma comunicação transparente e feedbacks constantes se tornam críticos nesse caso.
  • Problemas de Privacidade: A coleta de dados sensíveis, como biometria ou informações pessoais, pode violar leis de privacidade e gerar preocupações éticas. Seguir as leis de maneira rigorosa e ser aberto com os candidatos sobre o uso de seus dados, somado às medidas de segurança, pode evitar esses problemas.
  • Falta de toque humano: O elemento humano é uma parte essencial do recrutamento, porque permite a conexão com o candidato e o desenvolvimento de um relacionamento que acompanhará o dia a dia no trabalho. A dependência da IA pode levar à perda de oportunidades para aqueles com qualidades únicas que os algoritmos não são capazes de capturar facilmente.

 

Portanto, a IA traz inúmeras vantagens, mas o ponto aqui é saber usá-las, tendo o conhecimento da sua automatização e de suas deficiências. Para maximizar sua eficácia, é essencial que as empresas combinem essas ferramentas com supervisão humana e práticas éticas robustas. Por isso, o recrutamento humano é uma atividade que não deve ser abolida, já que ela reconhece habilidades sociais e carrega consigo o fator emocional, coisa que máquina alguma é capaz de substituir.

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