Este é o primeiro conteúdo de uma série que trará insights valiosos sobre o recrutamento nos principais mercados do Brasil. A cada edição, vamos explorar os movimentos que estão moldando o futuro do trabalho em setores estratégicos. Nesta estreia, mergulhamos nos desafios e oportunidades que 2025 reserva para os segmentos de Tecnologia, Energia e Óleo & Gás.
O cenário do recrutamento nos principais setores econômicos do Brasil em 2025 traz desafios estruturais e oportunidades emergentes. As transformações tecnológicas, demográficas e setoriais estão moldando a busca por talentos, exigindo novas abordagens por parte das empresas.
Tecnologia: a guerra por talentos especializados
O setor de tecnologia enfrenta um grande desafio: um déficit de 530 mil profissionais até 2025, enquanto apenas 53 mil são formados anualmente. Além disso, 55% das empresas relatam dificuldades para encontrar talentos especializados em áreas como cibersegurança, cloud computing e engenharia de dados. A alta rotatividade também preocupa, já que 68% dos profissionais de TI planejam mudar de emprego.
Mas nem tudo são dificuldades. Há crescimento na demanda por cargos estratégicos como Chief Technology Officer (CTO) e especialistas em inteligência artificial. A automação de processos com IA vem reduzindo o tempo de preenchimento de vagas em 40%, liberando os times de RH para focar em iniciativas mais estratégicas. Além disso, modelos flexíveis de trabalho, como o cosourcing, já são adotados por 62% das empresas, permitindo maior agilidade na alocação de profissionais.
Segundo Juliana Bruggemann, Headhunter da Fox Tech:
“O mercado de tecnologia está em um momento de transição e evolução, com desafios significativos e muitas oportunidades. Como headhunters, precisamos ser cada vez mais estratégicos e ágeis, utilizando tecnologia para otimizar processos e buscando formas inovadoras de atrair os melhores profissionais. Para empresas do setor, a chave será equilibrar a busca por habilidades técnicas com a criação de um ambiente que promova a retenção e o desenvolvimento contínuo de talentos.”
Energia: transformação e requalificação
A transição energética impõe a necessidade de requalificar 40% da força de trabalho do setor fóssil para energias renováveis até 2030. Além disso, a demanda por talentos na energia solar e armazenamento deve gerar 300 mil novos postos de trabalho nos próximos anos. Por outro lado, o crescimento do setor de energia solar, estimado em 20-25% para 2025, e os avanços em projetos de hidrogênio verde indicam oportunidades promissoras. Empresas do setor também têm investido em atrair jovens talentos, visto que 72% da Geração Z priorizam o impacto ambiental ao escolher um empregador.
Marcela Lima, Gerente da Fox Energia & Infraestrutura, disse que:
“A transição energética não é apenas uma mudança tecnológica, é também uma transformação profunda no perfil de competências que o setor demanda. Como headhunter especializado em energia, tenho visto de perto o desafio (e a oportunidade) de requalificar profissionais do setor fóssil e, ao mesmo tempo, atrair novos talentos para áreas como solar, armazenamento e hidrogênio verde. O crescimento acelerado da energia solar e o avanço do hidrogênio verde mostram um cenário otimista, mas que exige planejamento estratégico em talentos. Empresas que souberem equilibrar requalificação, diversidade na geração e propósito ambiental estarão um passo à frente na corrida por profissionais qualificados.”
Oil & Gas: reinvenção para manter a competitividade
As empresas tradicionais de Oil & Gas precisam se reposicionar para atrair talentos jovens, especialmente diante da migração de 30% dos cargos operacionais para energia eólica e solar até 2026.
Com 81% das empresas relatando dificuldades para encontrar talentos qualificados, o recrutamento em 2025 exige uma abordagem mais proativa. A antecipação de demandas, o desenvolvimento interno e o uso intensivo de dados são diferenciais competitivos. Setores tradicionais, como o agro e a indústria, podem atrair novas gerações por meio da integração tecnológica, enquanto áreas emergentes precisam de estratégias ousadas para a atração global de talentos. Empresas que souberem equilibrar tecnologia, qualificação e estratégias flexíveis sairão na frente nesta nova era do recrutamento.
Segundo Flavia Costa, Headhunter do time de Oil&Gas | Mining da Fox, o cenário é o seguinte:
“O setor de óleo e gás vem acelerando sua reconfiguração estratégica e, com ela, transformando também a lógica de estrutura organizacional e capacidade operacional das empresas. Essa transformação vai muito além da adoção de novas tecnologias ou das metas ligadas à transição energética. O que está em jogo é uma combinação de fatores: expansão de mercados, revisão de processos complexos e a necessidade de reagir com agilidade a contextos regulatórios cada vez mais dinâmicos.
Esse cenário vem moldando uma demanda crescente por profissionais com visão internacional, domínio técnico especializado e, principalmente, flexibilidade para navegar entre diferentes realidades operacionais, culturais e políticas. Ao mesmo tempo, o setor é pressionado a atualizar sua narrativa: repensar propósito, competências críticas e o próprio posicionamento diante das novas gerações. Na minha leitura, o desafio não está apenas em atrair ou reter bons profissionais, mas em construir estruturas organizacionais capazes de lidar com a complexidade, operar com ambiguidade e responder com inteligência às pressões simultâneas — geopolíticas, ambientais e tecnológicas. Como as decisões de hoje moldam o tipo de capital humano que será capaz de sustentar o crescimento daqui pra frente, isso exige das lideranças uma visão mais ampla — inclusive nas áreas ligadas à formação e sustentação de equipes.”
A Fox Human Capital está 100% preparada para as demandas dos setores core da economia do Brasil, com equipes especializadas e dedicadas a recrutar e selecionar os melhores talentos para sua empresa.
